quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Projeto de Máscaras

Universidade de Brasília - UnB


Universidade Aberta do Brasil - UAB

Instituto de Artes - IdA

Suporte Cênico

Alunos: Aparecido Gonçalves e Marilia Bomfim Melo Gonçalves



PROJETO DA CRIAÇÃO DAS MÁSCARAS.

1. APRESENTAÇÃO

Segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre, “A commedia dell'arte foi uma forma de teatro popular improvisado, que começou no séc. XV na Itália e se desenvolveu posteriormente na França e que se manteve popular até o séc. XVIII.”

As apresentações eram feitas em cima de carroças ou palcos improvisados, nas ruas e praças das cidades. Normalmente essas companhias eram formadas por famílias.

Os atores não decoravam textos, pois havia apenas um roteiro com personagens fixos, mas possuindo total liberdade de criação. Muitos atores interpretavam o mesmo papel durante toda vida. As companhias eram itinerantes e possuíam uma estrutura familiar.

Segundo o texto “Commedia Dell'arte”, escrito pelo grupo de teatro Moitará, “As trupes da Commedia dell'arte eram formadas, geralmente, por oito ou doze atores. Os personagens representados eram divididos em três categorias: os enamorados, os velhos e os criados chamados zannis, que provavelmente deriva de Giovanni, nome típico do ambiente camponês italiano.”

2. JUSTIFICATIVA

Sendo a Comédia dell’Arte um movimento tão importante para a História do Teatro, torna-se imprescindível que ao alunos da Licenciatura em Teatro, da UAB/UNB, realizem um estudo aprofundado sobre as características desse tema. Para tanto, o texto “Tabarin –Guarda de Honra” deverá ser o ponto de partida dessa pesquisa.

Sendo o espetáculo “Tabarin –Guarda de Honra” uma peça da Comédia dell’Arte, faz-se necessário a utilização de máscaras que possam ajudar a caracterizar os personagens. Essas máscaras devem possuir uma feição dúbia entre humano e animal, ficando à escolha de cada aluno do curso de teatro, a escolha do personagem e que tipo de animal ele pode se assemelhar.

Por se tratar de um grupo de alunos que vivem na Amazônia, cercados por riquezas naturais, a utilização de alguns elementos podem aproximar a Comédia dell’Arte, nascida no século XV, ao momento atual e também ao regional. Assim, sementes poderão ser utilizadas no acabamento das máscaras. As cores poderão ser escolhidas baseadas na floresta, podendo ser utilizado o verde, amarelo, laranja, marrom e rosa clara.


3. OBJETIVO GERAL

Ampliar o conhecimento histórico e prático dos alunos de Teatro da UAB/UnB.


4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Conhecer a história da Comédia dell’Arte e sua influência no teatro contemporâneo;

• Reconhecer a Comédia dell’Arte como movimento que popularizou o teatro na Europa e no mundo;

• Conhecer as características dos personagens da Comédia dell’Arte ;

• Proporcionar aos alunos, o conhecimento teórico/prático da construção de máscaras;

• Conhecer textos da Comédia, identificando suas características.


5. PLANO DE EXECUÇÃO

• Pesquisar a história da Comédia dell’Arte em textos e endereços eletrônicos;

• Promover o debate em grupo sobre a Comédia dell’Arte;

• Realizar leitura dramática do texto “Tabarin – Guarda de Honra”;

• Participar das oficinas de confecção de máscaras promovidas pela disciplina de Suportes Cênicos;

• Criar máscaras para os personagens do texto “Tabarin –Guarda de Honra”.


6. CONCLUSÃO
Espera-se que os alunos de Teatro da UAB/UnB, da disciplina de Suporte Cênico, sintam-se motivados a trabalhar com máscaras em seus trabalhos artísticos particulares e também em sala de aula, pois todos serão professores da disciplina de Arte e, após esse projeto, terão conhecimentos teórico/prático sobre a Comédia dell’Arte.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Trabalho Final

Primeiramente, é bom destacar o sentimento de prazer que invadiu minha alma ao ler o texto “Tabarin, Guarda de Honra”, da comédia Dell Arte; e ter gostado muito.


O que chamou minha atenção foi a linguagem popular com uma estrutura dramatúrgica que, imediatamente, levou-me a fazer comparações com peças populares, como “Torturas de um Coração ou Em boca fechada não entra Mosquito”, de Ariano Suassuna, por exemplo.

O personagem que escolhi foi Lucas Joufflu, um senhor velho, pai de Isabela, porque suas características de pai “cuidador” se assemelham ao pai de “Maria Minhoca”, de Maria Clara Machado, personagem que interpretei na montagem que o Grupo do Palhaço Tenorino fez em 1992.

O animal que veio à minha cabeça para confeccionar a máscara foi o peixe conhecido como Tucunaré. Essa escolha deu-se porque além de ser um peixe muito comum na região amazônica, sou “viciado” em sua captura (pesca). Pelo menos uma vez ao mês, eu em parceria com amigos, ou acompanhado da esposa me dirijo a uma localidade conhecida como “Fortaleza do Abunã”, no Estado de Rondônia, para a prática de pesca esportiva. Além disso, as máscaras com as quais tive contato nessa disciplina não tinham semelhança com peixe.

Em relação à cor, pretendia usar as cores do tucunaré amarelo. Suas cores predominantes são amarelo, marrom, vermelho nas guelras e uma pinta escura, grande e circular no rabo. Mas, como a orientação da tutoria foi para buscar uma máscara que caracterizasse animal e humano, preferi colocar os olhos no lugar do humano. Pois, no tucunaré, os olhos são grandes e laterais. Em relação à boca, tentei aproximar da boca grande do tucunaré.

Para fazer o acabamento tive o auxilio da colega Marília, que não só ajudou a fazer a máscara como me ensinou a cobrir com papel (várias vezes), passar cola, deixar secar com ajuda de ventilador, passar massa corrida, lixar e pintar. Infelizmente não pude participar da segunda oficina por estar viajando quando Guto e Patrícia estiveram ensinando os processos adequados para confecção das máscaras. Na oficina da Graça (a primeira), onde pudemos aprender a fazer os moldes, participei na íntegra.

Minhas habilidades para pintar são bem limitadas; por isso a cor pretendida para a máscara não saiu como eu queria. Tentei fazer um rosto amarelo (buscando a cor da pele morena clara), mas acabou saindo uma cor rosada.

Mesmo assim, fiquei satisfeito com o resultado final da máscara, pois, em comparação com as máscaras das colegas esse detalhe da cor não sobressaiu, predominando a estrutura e o acabamento feito com sementes.





http://suportecenicodinho.blogspot.com/

domingo, 4 de outubro de 2009

A paleta!


Minha máscara foi feita com apenas duas cores.
Eu gostaria de ter conseguido pintar o Senhor Lucas com tinta cor de pele. Mas não consegui acertar a tonalidade e ele acabou saindo cor de rosa.
Tudo bem!
Fiquei um pouco intimidado em usar mais cores, pois não tenho habilidades para pintura.

Minha Máscara

Pensei que fazer máscaras fosse mais fácil!

Durante o processo de construção, mesmo com a ajuda dos Tutores e da Marilia, achei que não fosse conseguir concluir. Mas, não é que eu consegui mesmo?

Ainda bem que tive ótimas companhias nesse processo!
Esse é o José Neto, o lindão do papaizão!



sábado, 3 de outubro de 2009

Resultado Final

A turma conseguiu confeccionar as máscaras.
 Achei o resultado muito bom.
As fotos podem comprovar!




Achei que fiquei paracido com Tucunaré,
 pelo menos, na boca!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

MÁSCARAS

É imprescindível que o ator, ao usar uma máscara, tenha entendimento e clareza de que ela tem várias funções e efeitos no teatro; sendo, portanto, descartada a única possibilidade de só cobrir o rosto.

Essa conscientização vai levar o ator a encarar com mais responsabilidade o que a máscara, através de suas diversas características estruturais e suas inúmeras possíveis relações, pode (e deve) ter com seu personagem, em qualquer encenação, em todas as dimensões dramatúrgicas.
Reconhecendo que o “Moitará” é um grupo que desenvolve um sério trabalho de pesquisa nessa área, o entendimento da importância do uso da máscara sofrerá uma sedimentação, sobretudo quando passamos a deter o conhecimento sobre, por exemplo, alguns tipos distintos de máscaras com características específicas pesquisados pelo “Moitará”, como as “Larvárias”, a “Neutra”, as “Expressivas”, as “Meia-Máscaras, as “Abstratas” e as “Tipos Populares”.
As “Máscaras Larvárias”, pertencentes ao grupo das inteiras e silenciosas, cobrem toda a face e apresentam rostos inacabados que necessitam ter destaque na expressão do nariz. O som da voz é substituído pela competência do ator em “dar vida” aos movimentos e ações do personagem.
Já a “Máscara Neutra”, de características mais simples, é simétrica e não denota conflitos, o que levará o ator a buscar uma concentração absoluta na dimensão dos sentidos, pois, através do silêncio deverá (e poderá) conseguir estabelecer as múltiplas emoções com o universo circundante.
As “Máscaras Expressivas”, que compõem um grupo de máscaras mais elaboradas e detalhadas, e que definem caráter e evidencia estados de ânimo, pertencem a uma categoria chamada de “silenciosa” porque oculta a fala, tomando para si uma imensa expressividade. Assim, com seus detalhes e linhas extremamente fortes exigirá que a movimentação do ator seja crucial para evidenciar suas ações.
As “Meias Máscaras”, como o próprio nome já diz, só encobre a metade da fisionomia do ator, o que permite ao ator desenvolver com mais liberdade a noção de corpo e voz. Uma mesma máscara desse grupo pode ser utilizada (condensada) na interpretação de mais de um personagem.
A “Abstrata” é uma máscara inteira com formas geométricas sem detalhamento nas linhas não evidenciando referência com animal ou humano. Sua utilização estará sujeita a uma encenação corporal mais acrobática e espacial.
A Máscara “Tipos Populares”, que expressam figuras típicas do imaginário da cultura popular busca uma fisicalidade e uma vocalidade que a caracterizam e identificam-na com os contextos culturais com os quais elas se propõem.
A utilização da máscara no teatro é algo que necessita de muita reflexão, sobretudo nos campos da pesquisa; e muita responsabilidade para que se possa adequar seu uso com a verossimilhança da proposta do trabalho a ser desenvolvido.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Planejamento e Controle da Produção Cênica

O livro “Planejamento e Controle da Produção Cênica”, assim como o texto “Programa de Democratização Cultural Votorantim”, além de possuírem um vocabulário e uma narrativa de fácil assimilação, seus conteúdos são imprescindíveis não só para os estudantes de teatro, mas para os artistas que já atuam na área, pois trazem, de forma didaticamente simples, os passos elementares para uma produção e uma difusão de uma peça teatral.


A ênfase num planejamento possível das ações que culminarão com uma montagem teatral é que deve ser levado em conta e o que chama a atenção é a relevante preocupação com a organização; porque não é fácil montar um espetáculo. Mas, se for feito um bom planejamento com o conhecimento de todas as etapas de uma montagem, desde a escolha do texto, passando para a seleção de atores, calendário de ensaios (estudos de texto, jogos dramáticos, leituras e montagem de cenas), até a estréia, as possibilidades de fracasso serão minimizadas; sempre considerando (lembrando) que o trabalho teatral é uma atividade de equipe, onde o espírito de cooperação deve ser praticando permanentemente, inclusive no momento de montagens das cenas. Ora, tanto o diretor como os atores devem ter claro a idéia de que o trabalho de interpretação deve estar num nível equilibrado entre os atores e entre palco e equipe técnica para que, no resultado final, haja destaque em todo o trabalho e não em um só ator ou só no figurino, por exemplo. Todos os integrantes de uma montagem teatral devem ter clareza sobre a importância de estar sempre disponíveis, um para com o outro, para o bom desenvolvimento dos trabalhos.

As “dicas” que o texto da Votorantim dá para a captação de recursos são qualitativas e propositivas. As orientações na formatação de projetos culturais e a visão de que a arte é algo necessário para o ser humano (por isso o homem sempre a produziu) são assuntos que nenhum fazedor de teatro deve ignorar.