O livro “Planejamento e Controle da Produção Cênica”, assim como o texto “Programa de Democratização Cultural Votorantim”, além de possuírem um vocabulário e uma narrativa de fácil assimilação, seus conteúdos são imprescindíveis não só para os estudantes de teatro, mas para os artistas que já atuam na área, pois trazem, de forma didaticamente simples, os passos elementares para uma produção e uma difusão de uma peça teatral.
A ênfase num planejamento possível das ações que culminarão com uma montagem teatral é que deve ser levado em conta e o que chama a atenção é a relevante preocupação com a organização; porque não é fácil montar um espetáculo. Mas, se for feito um bom planejamento com o conhecimento de todas as etapas de uma montagem, desde a escolha do texto, passando para a seleção de atores, calendário de ensaios (estudos de texto, jogos dramáticos, leituras e montagem de cenas), até a estréia, as possibilidades de fracasso serão minimizadas; sempre considerando (lembrando) que o trabalho teatral é uma atividade de equipe, onde o espírito de cooperação deve ser praticando permanentemente, inclusive no momento de montagens das cenas. Ora, tanto o diretor como os atores devem ter claro a idéia de que o trabalho de interpretação deve estar num nível equilibrado entre os atores e entre palco e equipe técnica para que, no resultado final, haja destaque em todo o trabalho e não em um só ator ou só no figurino, por exemplo. Todos os integrantes de uma montagem teatral devem ter clareza sobre a importância de estar sempre disponíveis, um para com o outro, para o bom desenvolvimento dos trabalhos.
As “dicas” que o texto da Votorantim dá para a captação de recursos são qualitativas e propositivas. As orientações na formatação de projetos culturais e a visão de que a arte é algo necessário para o ser humano (por isso o homem sempre a produziu) são assuntos que nenhum fazedor de teatro deve ignorar.
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